Festival internacional de arte-educação acontece de 9 a 22 de julho.

O Festival Internacional de Arte-Educação “Fronteiras Brasil” acontece anualmente desde 2009 em Matão. A iniciativa de repercussão internacional foi idealizada pelo bailarino e artista visual iraniano Khosro Adibi, que o criou para reforçar a cultura por suas raízes sociais, por meio da valorização dos traços constitutivos de identidade do ser humano.

Esse ano, o Fronteiras será realizado no período de 10 a 22 de julho pela Casa Pipa e Cia Labirinto de Teatro, em parceria com a Prefeitura de Matão, por intermédio do da Secretaria de Educação e Cultura, ONG Ocara e Sesc Araraquara. O evento conta também com o apoio da LBM Produções, TG3 Design e Conteúdo, Grupo Vocal Coro e Osso, Jornal A Comarca e Jornal do Comércio.

Ao receber artistas voluntários de diferentes partes do mundo, o festival trabalha com diversas linguagens (teatro, dança, música, visuais, literatura, circo) para refletir sobre práticas arte-educativas em comunidades dos municípios, além de fomentar o intercâmbio cultural entre artistas e comunidades. Trata-se de um evento que já aconteceu em diversos países da América Latina, como Peru, Chile, México, Argentina, Colômbia, e que está fundamentado sobre um pensamento de construção de uma pedagogia horizontal, onde arte, educação e comunidade dialogam pela participação coletiva e prática reflexiva pela experiência, pelo contato e pela convivência de pessoas com diferentes formações artístico-culturais que se encontram para compartilhar seus processos criativos e formativos.

Matão no ‘Fronteiras’

A vinda do festival para a cidade fortaleceu o surgimento da Casa Pipa (Plataforma Internacional de Produção Artística), espaço cultural preservado e mantido por três ONGs (Ocara, Cia. Labirinto e Coro e Osso) voluntariamente. O espaço recebe artistas do mundo todo para residências de pensamento e criação em arte, além de cursos e espetáculos. Durante os oito anos de realização em Matão, já passaram pelo festival ‘Fronteiras’ mais de 200 arte-educadores, oriundos de cerca de 30 instituições diferentes, abrangendo bairros e área central, além do bairro de Silvânia, distrito de São Lourenço do Turvo e outras cidades, como Taquaritinga e Araraquara, fortalecendo assim parcerias de atuação duradoura com o CRAS (Centro de Referência à Assistência Social) em projetos institucionais como o ‘Ocupa Férias’. O ‘Fronteiras’ também já trabalhou com cerca de 2 mil crianças ao longo de suas atuações em Matão.

2017

Para esse ano, o festival expande seus moldes de atuação na cidade e contará com cerca de 25 arte-educadores locais, nacionais e internacionais. A programação prevê encontros do GT (Grupo de Trabalho) Arte, Educação e Comunidade: Pedagogia Horizontal – este grupo refletirá a construção de uma prática horizontal que valorize a cultura dos envolvidos e a partir da própria cultura, reconhecer as potências para o diálogo que fortaleça a identidade das comunidades através da arte, princípio norteador do ‘Fronteiras’.

Todas as tardes, estão previstas as Práticas do Trabalho, que são as ações arte-educativas nas dez comunidades participantes do festival: Casa do Pequeno Cidadão Unidade I (Vila Pereira), Casa do Pequeno Cidadão Unidade II (Jardim Paraíso), CEU - Centro de Artes e Esportes Unificado (Portal Terra da Saudade), APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Vila Pereira), EMEF ‘Profa. Helena Borsetti’ (São Lourenço do Turvo), SOS Cidadania ‘Comunidade Espírita Edo Mariani’ (Vila Santa Cruz), Lar ‘São Vicente de Paulo’ (Vila Pereira), Escola do Campo ‘Fazenda Tamanduá’, Associação dos Moradores (Parque Aliança) e Comunidade Jardim Esperança (Jardim Esperança). À noite, na primeira semana na Casa da Cultura, haverá a Vivência com o Professor, na qual práticas arte-educativas serão partilhadas com professores do município e interessados em geral.

Na segunda semana do projeto, acontecerá o evento “(En)Cena”, cuja ação levará espetáculos cênicos para os bairros da cidade com a participação de grupos locais, de artistas do Fronteiras e convidados, como Grupo Vocal Coro e Osso e Grupo Ventoforte (São Paulo). Júlio Cesar Ribeiro, diretor do Departamento de Cultura, explica que a Prefeitura está fornecendo todo o apoio logístico para o translado e transporte interno dos arte-educadores, além de colaborar em outras frentes para a realização do projeto. “Entendemos que esse projeto é de extrema contribuição na área da arte-educação e por essa razão, o prefeito Esquetini nos assegurou a continuidade da realização deste evento, face a sua grandeza e contribuição social que traz a nossas crianças, jovens e adultos. Parabenizamos todos os envolvidos na organização e realização de mais essa edição do Fronteiras Brasil, e agradecemos todas as parcerias para a continuidade deste projeto”.