Samba-rock atrai bom público no IV Centenário

SambaRock - Julio Miguel e alunos- dançar é o que importaGênero musical ganhou popularidade nos anos de 1960

Todas as terças-feiras, das 19h às 21h, e as sextas-feiras, das 19h às 21h acontece na Comunidade São Benedito (IV Centenário) a oficina de samba-rock, sob a supervisão de Júlio Cesar Miguel, o “Julião. O estilo é um tipo de dança que surgiu da criatividade dos frequentadores dos bailes em casas de família e salões da periferia de São Paulo.

No final da década de 1950 e começo de 1960, mesclando os movimentos do rock’n’roll com os passos do samba de gafieira, nascendo ao som dos primeiros DJs e, depois, das equipes de som.

A forma de se dançar samba-rock foi aprimorada com os festivais de dança, quando os dançarinos disputavam para ver quem era o melhor. As disputas entre os bailarinos de samba-rock seguiam os mesmos moldes do filme “Embalos de Sábado à Noite”, no qual havia o júri técnico formado por aqueles que se julgavam ser os melhores dançarinos da época. Eles julgavam a parte técnica da dança: tempo contra tempo, erros, passos inéditos, quantidades de passos, qualidade dos passos e dificuldades dos passos. Em alguns festivais havia o chamado júri popular, em que se escolhiam alguns frequentadores destes bailes para, junto com o júri técnico, escolher os melhores em uma escala de um a dez ou de dez a cem. Lembrando que as regras e o formato destes festivais variavam de bairro para bairro ou mesmo de vila para vila.

Esse gênero musical ganhou adeptos e, na primeira metade da década de 1970, foi chamado por diversos nomes, como sambalanço, swing, rock samba e, finalmente, samba-rock. Em 1978, foi lançada a primeira coletânea contendo músicas tocadas nos bailes de samba-rock. Ela se chamava “Samba Rock – o Som dos Blacks” e deu início a uma nova era. Continha vários sucessos de bailes da época, facilitando o acesso a essas músicas, que até então eram músicas fora de catálogo e difíceis de se encontrar. O surgimento das coletâneas acabou ajudando a difundir o samba-rock.

“Na atualidade, o gênero musical reúne diferentes fixas etárias e consegue trazer para o salão aqueles que independentemente da idade querem mesmo aprender a dançar”, frisa Julião, que atua voluntariamente como professor de samba-rock.

De acordo com Júlio Cesar Ribeiro, diretor do Departamento de Cultura, a diversidade cultural se refere aos diferentes costumes de uma sociedade, entre os quais é possível citar a vestimenta, a culinária, as manifestações religiosas, as tradições, entre outros aspectos. “Matão é berço de várias culturas, em especial a miscigenação das raças e este fato faz com que tenhamos riquezas em nossas manifestações artísticas. É possível oferecermos atrativos para nossa população, o conceito está intrínseco no programa municipal de Descentralização da Cultura”, finaliza Júlio.

SambaRock - Julio Miguel e alunos- dançar é o que importa