Incentivo à pesquisa é uma das melhores medidas de combate ao câncer
Para chamar a atenção para a importância de se discutir a doença, a OMS (Organização Mundial da Saúde) instituiu 8 de abril como Dia Mundial de Combate ao Câncer.
Para o oncologista Aurélio Julião de Castro Monteiro, responsável pelo InORP (Instituto Oncológico de Ribeirão Preto), que atua localmente em parceria com o Hospital de Matão, o incentivo à pesquisa é a melhor medida para o avanço no combate aos tumores.
“Na América do Norte e no oeste Europeu há histórico de grandes investimentos com este foco. Com isso tivemos avanços sem precedentes. Pudemos entender as bases moleculares da doença, implantar novos métodos de detecção e diagnóstico, desenvolver novas drogas, técnicas cirúrgicas e sistemas de radioterapia que permitem aos pacientes viverem mais, com maior qualidade de vida. Esse é um exemplo de política pública no combate ao câncer que só começou a ser implantado no Brasil recentemente”, ressalta.
O oncologista cita a implantação do ICESP (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, ligado à Secretaria Estadual da Saúde), inaugurado em 2008. “Os avanços dos conhecimentos sobre a doença têm permitido melhores resultados terapêuticos, de maior complexidade e maior custo, apesar de tratamentos mais efetivos. Por isso é fundamental que os responsáveis pelas políticas públicas assumam o compromisso de investir no suporte de pacientes com câncer, com pesquisas e programas de prevenções”, completa.
Controle Na prática, o combate ao câncer se refere ao tratamento da doença, enquanto prevenção remete a medidas que possam evitar o desenvolvimento do tumor ou que facilitem sua detecção precoce, com aumento de chances de sucesso terapêutico. “Apesar dos significados diferentes, tanto um como o outro têm um objetivo em comum – o controle do câncer. A ideia é estimular um conjunto de cuidados que darão suporte aos pacientes”, destaca Aurélio Julião.
As medidas de combate mais comuns são cirurgia, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia. Além disso, a demanda por cuidados precoces está crescendo rapidamente devido ao aumento e ao envelhecimento populacional, aos novos estilos de vida e a fatores como poluição ambiental, tabagismo e obesidade, que são alguns dos fatores de risco mais evidentes para o câncer.