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Determinação de Aline impressiona em lançamento da Casa da Cultura

IMG 7859Aline possui uma doença degenerativa chamada “Ataxia de Friedreich”

Na sexta-feira (10), aconteceu o lançamento do livro autobiográfico “Aline – a vida não pode ser em preto e branco” na Casa da Cultura “Prefeito Armando Bambozzi”. A solenidade teve a participação do Prefeito Edinardo Esquetini, da primeira-dama e presidente do Fundo de Solidariedade, Viviane Esquetini, do presidente da Câmara, Valter Luiz Trevizaneli, do diretor de Cultura, Júlio Ribeiro, e da secretária de Educação e Cultura, Débora Milani. Também estiveram presentes familiares da Aline, amigos, vereadores e outras autoridades.

A autora Aline Sichieri Gessolo, 34 anos, é psicóloga pós graduada e portadora de uma doença progressiva degenerativa, a “Ataxia de Friedreich”, que, aos poucos, paralisa todos os movimentos do corpo, mas sem afetar a cognição (inteligência, pensamentos, reflexões). Aline e os pais moram no distrito matonense de São Lourenço do Turvo, onde a menina cresceu normalmente até os seus quatro anos de idade. A partir desta idade, ela começou a apresentar os primeiros sintomas da doença. Atualmente, com a progressão da doença, Aline é cadeirante e tem total comprometimento da voz.

O livro, escrito durante seis anos e publicado pela editora Chiado, conta como a psicóloga convive com esta doença que poucos conhecem e, mesmo sem perspectivas de cura, incentiva todos a viverem bem a vida. “Sou uma pessoa privilegiada que, apesar de todas as minhas limitações, e podem crer, são muitas, sempre procurei viver tudo de maneira intensa, cada momento, tanto os bons quanto ruins, e aprendi muito com eles, afinal, só saberemos se alguma coisa dará certo se vivermos, e viver é correr riscos!”, escreveu a autora quando ainda tinha os movimentos das mãos e dos braços.

Em toda a trajetória de vida lutando contra a doença, buscando cura e aceitando o inevitável, a família sempre procurou melhorar a qualidade de vida da filha e a integrou de forma positiva na comunidade e na educação escolar. Segundo a mãe Maria José (Zuza), Aline sempre foi uma aluna aplicada, inteligente e, quando começou a perder os movimentos das pernas, muitos de seus colegas a ajudaram alegremente a participar da escola. “Mas, talvez, na faculdade, ela tenha sofrido preconceito por ser uma cadeirante e portadora de uma doença incurável”, ressalta.

O prefeito Edinardo Esquetini saudou a todos os participantes do evento e leu uma citação de Yla Fernandes feita no livro de Aline Gessolo. “O caminho é longo, eu sei. Mas quem tem Deus não perde a fé, aumenta a esperança e vive confiante. Não posso dizer que tudo são flores, mas posso garantir que com Deus o caminho é leve. Não sei o que me espera no futuro, mas sei que estou a cada dia a conquistar”.

Para a organização final do livro, Aline recebeu a ajuda de Carlos Eduardo Futra Matuiski, advogado e escritor. A revisão foi feita por um primo, o professor Pedro Antônio Gessolo. Além desses colaboradores, muitos amigos deram os seus depoimentos e apoio para a publicação do livro. Os interessados em adquirir o livro podem procurá-lo no site da editora Chiado ou nas livrarias Mec, Matão, Cultura, Saraiva, Martins Fontes, Janina, Curitiba e Galileu.

 

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