Notícia do Internauta: Redução da industria cai em 13 de 14 locais em abril, diz (IBGE)
A produção industrial brasileira caiu em 13 de 14 locais em abril, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta terça-feira (9).
A produção industrial brasileira caiu em 13 de 14 locais em abril, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta terça-feira (9).
Foi o pior resultado em número de regiões com queda de produção desde dezembro de 2008, quando a atividade do setor também cresceu só em um local, segundo Rodrigo Lobo, pesquisador da Coordenação de Indústria do IBGE. Em novembro de 2008, a produção havia caído em todos os locais.
Em abril, os maiores recuos foram no Ceará (-7,9%), Bahia (-5,1%), Amazonas (-5,1%) e Pernambuco (-4,6%). Região Nordeste (-3,7%), São Paulo (-3,6%), Goiás (-2,1%), Rio Grande do Sul (-1,9%) e Pará (-1,8%) também apontaram quedas mais intensas do que a média nacional (-1,2%).
Rio de Janeiro (-1,2%), Santa Catarina (-0,9%), Minas Gerais (-0,8%) e Espírito Santo (-0,5%) completaram o conjunto de locais com índices negativos em abril.
Para o pesquisador do IBGE, entre as causas da queda da produção industrial no país e nas regiões, destacam-se perda frequente da renda das pessoas, seja por conta da redução do salário nominal ou poder maior da inflação; elevação da taxa de juros, que repercute sob o ponto de vista dos consumidores como encarecimento do crédito; taxa de câmbio relativamente desvalorizada, mas, ao mesmo tempo, demanda dos produtos nacionais não tão intensa quanto os produtos do exterior.
Por outro lado, Paraná, com expansão de 1,4%, mostrou o único resultado positivo, após registrar recuo de 2,4% em março. Em dezembro de 2008, o único estado a registrar crescimento da produção havia sido Goiás.
A produção industrial nacional recuou 1,2% em abril ante março, terceiro resultado negativo consecutivo na comparação com o mês anterior – a perda acumulada nesse período é de 3,2%. Em relação a abril do ano passado, a queda é de 7,6%.
No acumulado do ano, até abril, em comparação com 2014, o recuo é de 6,3%, e no acumulado de 12 meses, é de 4,8% – trata-se do resultado negativo mais intenso desde dezembro de 2009, quando a queda foi de 7,1%.
Explicações da queda
Segundo o pesquisador, a queda no Ceará é a mais intensa desde maio de 2003, quando havia recuado 8,2%. Já é a segunda taxa negativa consecutiva, e o estado tem perda acumulada nos dois últimos meses de 11,5%.
“A gente percebeu movimento menor na indústria do Ceará no setor de derivados do petróleo e biocombustíveis e olhando para comparação mensal, o produto que mais cai foi o asfalto de petróleo. Provavelmente, o que mais pressionou a queda do Ceará de março para abril."
“Outros que pressionaram foram as bebidas e couros, artigos para viagem e calçados. Sendo que calçados é o de maior peso e o que mostrou maior perda de março para abril”, completou Rodrigo Lobo.