A Secretaria Municipal de Saúde de Matão divulgou nesta semana o relatório de exames ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no mês de junho deste ano, e os números acendem um sinal de alerta. Ao todo, dos exames realizados exclusivamente no Hospital de Matão “Carlos Fernando Malzoni”, foram ofertados 3.267 exames de imagem, sendo 3.091 solicitados e agendados. No entanto, apenas 1.909 foram efetivamente realizados. Isso significa que 1.182 pessoas não compareceram na data e horário marcados, o que representa uma taxa de ausência superior a 38%.
Esses dados não apenas apontam para um desperdício de recursos públicos, mas também refletem diretamente na demora do atendimento de outros pacientes que aguardam por procedimentos importantes e, também, de outras condições da falta ou da demora de um diagnóstico. Além das ausências, a Secretaria alerta para outro problema recorrente dos pacientes que comparecem e realizam o exame, mas não retiram os resultados.
“Estamos trabalhando para cuidar da saúde de todos, mas quando alguém falta, deixamos de atender quem realmente precisa. A orientação é para que todos tenham responsabilidade e compromisso com a saúde pública e a cooperação da população é essencial para que o sistema funcione de forma eficaz, justa e sem desperdício, afinal, quando o exame não é feito, o paciente costuma retornar às unidades básicas ou prontos-socorros com os mesmos sintomas e isso aumenta a demanda por consultas repetidas e reagendamentos, pressionando ainda mais o sistema público”, cita o prefeito Cido Ferrari.
De acordo com o secretário municipal da Saúde, Orivaldo Ademir Reguin, o Faro, os exames disponibilizados pelo SUS são agendados com base em critérios técnicos rigorosos. “Quando temos o pedido médico, levamos em consideração a urgência do caso, o nível de risco para o paciente e seguimos também uma ordem cronológica de espera. Quando alguém falta, uma vaga que poderia beneficiar outra pessoa é desperdiçada. Isso não só prejudica quem está aguardando, como também coloca em risco a saúde do próprio paciente que não comparece, caso ele venha a precisar do diagnóstico em tempo hábil”, destacou.
O secretário ainda reforça que esse problema afeta toda a estrutura da rede pública de saúde. “Antes desse pedido de exame chegar à Secretaria, o paciente já passou por uma série de atendimentos: pela equipe de acolhimento, por um clínico geral e por um especialista. Ou seja, é todo um processo de cuidado que é mobilizado até o momento do exame. Quando há ausência, todo esse fluxo de atendimento é interrompido e um recurso importante é perdido”, concluiu.
Os dados do relatório mostram situações críticas, como no caso de exame de Eletroneuromiografia (utilizado para avaliar as funções dos nervos e músculos). Em junho, foram 18 exames agendados, sendo que nenhum paciente compareceu ao Hospital.
Outro exemplo preocupante é a mamografia de rastreamento, essencial para a detecção precoce do câncer de mama. Das 32 solicitações agendadas, apenas 17 pacientes realizaram o exame, representando quase 50% de faltas.
A porcentagem do número de faltosos segue a seguinte lista: Arteriografia – 100% de faltas; Colonoscopia – 52,38% de faltas; Ultrassonografia Doppler Carótidas – 44% de faltas; Tomografia Expansão – 46,88% de faltas; Ultrassonografia Externo – 46,24% de faltas; Densitometria Óssea 30% de faltas; RaioX Externo – 35,82% de faltas; Ecocardiograma – 25% de faltas; Ressonância Magnética – 36,36% de faltas; Ultrassonografia do Aparelho Urinário 29,69% de faltas; Endoscopia – 35,71% de faltas e outros.
Diante da situação, a Prefeitura de Matão, através da Secretaria Municipal da Saúde, reforça a importância de o paciente informar a unidade de saúde o quanto antes caso não possa comparecer ou já tenha feito o exame por meio particular. Esse simples gesto permite que outro cidadão seja atendido em seu lugar, evitando a perda da vaga. Por Assessoria de Imprensa!
