Centro de Referência para atender pessoas com TEA passa por processo de implantação
Instalação do Centro de Atendimento a Pessoas com Espectro Autista de Matão (CATEAMA).
O projeto que prevê metodologia de trabalho, ainda dependem de aprovação por parte dos Conselhos de Assistência Social (COMAS), Conselho Municipal da Saúde e Conselho Municipal de Educação e Cultura.
Atualmente, a Prefeitura analisa em qual prédio específico deverá funcionar o CATEAMA, cujo planejamento e estratégia metodológica preveem a atuação de uma equipe multidisciplinar especialista em TEA (psiquiatra, neuropediatra, psicopedagogo, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, educador físico, etc).
Para o prefeito Cido Ferrari, três ações são muito importantes diante desse processo de implantação do CATEAMA: o papel dos Conselhos em avaliar e aprovar o que propõe a Lei 5.738; a escolha do prédio onde será a sede; e, a escolha das equipes de profissionais, que atuarão frente ao atendimento das pessoas com TEA e suas famílias.
“Acreditamos que os profissionais desse setor em Matão têm competência e experiência, suficientes, para melhorar ainda mais o atendimento junto a pessoa com autismo e assim servir de referência até para outros municípios”, salientou o prefeito Cido Ferrari.
A implantação do CATEAMA está prevista na Lei Municipal 5.752, construída ‘há muitas mãos’, seja pelo poder Executivo, Legislativo, Ministério Público, APAE e profissionais da Saúde do município. A iniciativa está em consonância com a Lei Federal 12.764/2012, que dispõe sobre a instituição de políticas públicas, que visam a garantia, proteção e ampliação dos direitos das pessoas com TEA.
De acordo com o secretário de Administração e Finanças, Willian Di Gaetano Bassi, “o debate, a avaliação e possível aprovação dos Conselhos é um processo democrático de implantação do projeto alinhado às necessidades das pessoas com TEA e suas famílias”, ressaltou Willian.
Respaldo e orientação aos professores da rede municipal de educação
Enquanto isso prosseguem as ‘Formações continuadas para professores’ da rede pública municipal, realizadas pela Secretaria de Educação e Cultura, sejam os profissionais do NAE-Lume, do Centro de Reabilitação Infantil e da Associação de Pais dos Excepcionais (APAE), mediadas pelo Gerente de Educação Especial, Luiz Fernando Zuin.
Segundo apurou o Departamento de Educação somente na rede municipal existem pelo menos 114 estudantes diagnosticados com TEA que são atendidos pelas escolas da Prefeitura, sendo 75 crianças (Educação Infantil); 24 crianças (Fundamental I); 15 adolescentes (Fundamental II).
De acordo com Zuin, durante a capacitação realizada na semana anterior, os profissionais trabalharam os instrumentos de rastreio denominado ‘Inventário Dimensional de Avaliação do Desenvolvimento Infantil’ (IDADI), que é um instrumento multidimensional de avaliação do desenvolvimento infantil e que dentre suas principais aplicações destacam-se a avaliação de suspeita de atrasos ou de transtornos do neurodesenvolvimento, o monitoramento longitudinal do desenvolvimento infantil e o acompanhamento da efetividade ou eficácia de intervenções na primeira infância.
“Pode ser utilizado por profissionais da área de saúde e educação que atuam na infância. No segundo momento da capacitação foi trabalhada a Escala de Responsividade a SRS-2 que é uma escala destinada a mensurar sintomas associados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA), bem como a classificar os níveis de apoio”, explicou o gestor de Educação Especial.
Quanto ao aspecto da saúde da pessoa com TEA
Conforme esclareceu o secretário de Saúde Orivaldo Reguin (Faro), a rede psicossocial de atendimento à saúde mental em Matão já tem desenvolvido um bom trabalho de atendimento a pessoa diagnosticada com TEA, através do Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS); Ambulatório de Saúde Mental; Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) e Centro Especializado de Assistência Social (CREAS); Unidades Básicas de Saúde; Estratégia e Saúde da Família e Centrinho (atendimento às crianças).
“Entretanto, se faz necessário avançar para o nível de um atendimento especializado em diagnosticar e tratar complexidades, sobretudo quando constatamos que cada pessoa com TEA apresenta um tipo diferente de demanda e necessidade e por isso os métodos de atendimento devem ser variados, de acordo com a necessidade de cada paciente”, explica Faro.
Neste sentido, o novo plano de atendimento em rede junto à pessoa com TEA propõe - a ser ainda apreciado pelos ‘Conselhos’ - um convênio entre a Prefeitura e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Matão (APAE).