No Dia Mundial sem Tabaco discute-se a padronização de embalagens de cigarro

Para alertar sobre as doenças evitáveis e mortes precoces relacionadas ao tabagismo, foi instutuído mundialmente o Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado em 31 de maio. A data, criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), alarda sobre o uso do tabaco e a dependência da nicotina nos seus derivados. Segundo OMS, o tabagismo é a principal causa de morte evitável em todo o mundo, sendo responsável por 63% dos óbitos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis, como enfisemas, doenças vaculares e câncer.

No tabagismo, a dependência deve-se pela presença da nicotina nos produtos a base de tabaco, o que pode acarretar em transtornos mentais e comportamentais devido a substâncias tóxicas, como: amônia, cetonas, monóxido de carbono, entre outros. A inalação dessas substâncias causam irritação principalmente nos olhos, nariz e garganta.

Responsável por encabeçar a divulgação da campanha no Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA), aborda este ano a padronização das embalagens do cigarro. A ideia é que todos os produtos derivados do tabaco tenham as embalagens semelhantes, com o mesmo tamanho, forma, cor e fonte. Além disso, deverão constar ainda apenas o nome da marca e a advertência sanitária sobre os malefícios do consumo, como estabelecido pelo governo. O objetivo é reduzir o número de fumantes e proibir a propaganda enganosa.

A Austrália foi a primeira a adotar está medida em 2012, os pacotes receberam cor padrão e a imagem de advertência passou a ocupar 75% da face frontal e 90% da parte posterior das embalagens. Em fevereiro deste ano, o Departamento de Saúde da Austrália mostrou que em quatro anos houve uma queda de 25% no número de fumantes. França e Reino Unido também aprovaram leis de padronização no ano passado. No Brasil, os projetos de lei tramitam pelo Congresso Nacional para instituir embalagens sem logotipos, desing e textos promocionais.

Fonte: Hospital 'Carlos Fernando Malzoni' | Foto: Divulgação.