Disfagia: quais os principais riscos e sintomas?
Dia 20 de marca a data de conscientização sobre a disfagia
Você já ouviu falar sobre a disfagia? Esse nome pode soar estranho para agrande parte da população, entretanto é um problema que atinge muitas pessoas. A disfagia é um sintoma de alguma alteração clínica que traz como consequência a alteração do padrão normal da deglutição, ou seja, o indivíduo passa a ter dificuldade para engolir alimentos, líquidos e saliva, em qualquer etapa do trajeto entre a boca e o estômago.
A Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia instituiu o dia 20 de Março como o Dia Nacional de Atenção à Disfagia. De acordo com a fonoaudióloga do Hospital Carlos Fernando Malzoni, Thais Baldan, a data busca alertar sobre o risco da disfunção para a saúde. “Com esse dia pretendemos divulgar medidas de prevenção e orientar sobre o que fazer diante da suspeita do problema”, explica a profissional.
A disfagia é sintoma de uma doença de base que pode acometer qualquer parte do trato digestivo desde a boca até o estômago e pode causar complicações como a desnutrição, a desidratação e complicações respiratórias. “Essas alterações da deglutição são diagnosticadas e tratadas conjuntamente por médicos, enfermeiros, nutricionistas e, fundamentalmente, fonoaudiólogos, que são os profissionais aptos ao trabalho específico da função”, comenta Thais. A profissional alerta sobre a necessidade de prevenção, bem como, a orientação sobre o que fazer diantes da suspeita do problema. “A disfagia não é uma doença por si só, mas um sintoma de que alguma alteração pode estar ocorrendo, sendo imprescindível a orientação e tratamento adequados, pois além de provocar problemas emocionais e isolamento social, traz consequências tais como: desidratação, desnutrição e pneumonia, podendo chegar ao óbito”, ressalta a fonoaudióloga.
Existe grupo de risco mais suscetível a ter disfagia? Entre os adultos, quem possuiu doenças neurológicas como AVC, Esclerose Lateral Amiotrófica, Parkinson, Esclorese Múltipla e demência, estão mais propensos. “Pacientes que já tiveram traumatismos crânioencefálicos, câncer de cabeça e pescoço, doenças sistêmicas, refluxo gastroesofágico, entre outros, podem ser mais suscetíveis a aparição da disfagia. Entre os bebês, os risco é maior em prematuros que tem má formação do sistema digestivo, fissura labiopalatina, doenças neurológicas ou alguma síndrome como a de Down. Já nos idosos, as chances de disfagia aumentam devido a perda de força muscular e redução da velocidade ao mastigar”, comenta Thais Baldan.
Conheça os sintomas
É importante esclarecer quais são os sintomas: falta de ar durante ou após a alimentação; perda de peso; pneumonias de repetição; dificuldade para mastigar, preparar e manter o alimento na boca; tempo prolongado para engolir; sensação de alimento parado na garganta; dor ao engolir; restos de comida dentro da boca após engolir; escape de alimento pelo nariz; mudança na voz após engolir; tosse ou pigarro constante durante a alimentação; engasgos frequentes durante as refeições ou ao deglutir saliva; falta de interesse em se alimentar; e mudança na cor da pele durante ou após a alimentação.
“Ao perceber esses sinais, procure uma equipe de saúde, quanto antes buscar ajuda, mais chances de sucesso no diagnóstico e tratamento”, finaliza a fonoaudióloga.
Fonte: Hospital de Matão