Médico do 'Albert Einstein' particpa de procedimento na Hemodinâmica em Matão
Implante cardíaco não invasivo foi realizado pela 1ª vez na região
O Hospital ‘Carlos Fernando Malzoni’ recebeu em seu serviço de Hemodinâmica o cardiologista intervencionista do Hospital Israelita “Albert Einsten”, Dr. Fábio Sandoli de Brito Junior. Responsável pela implantação e treinamento em serviços cardíacos, o médico participou, ao lado da equipe de hemodinamicistas do serviço de Matão, da realização do primeiro procedimento do Implante Transcateter de Válvula Aórtica (TAVI) na região.
A Sociedade Brasileira de Hemodinâmica exige que os primeiros cinco procedimentos sejam realizados com a supervisão de um especialista, o Proctor para auxiliar na implantação. Por este ter sido o primeiro caso na cidade, contou-se com a supervisão do Dr. Fábio Sândoli. “O convite foi feito por ele ser um profissional de destaque na especialidade, e que veio dividir conosco um pouco da sua experiência”, diz o hemodinamicista, João Orávio de Freitas Junior, que completa, “no início é importante termos o acompanhamento de pessoas bem qualificadas, após esse tempo estaremos habilitados a realizar esse serviço sozinhos”, afirma.
De acordo com Orávio, o procedimento é teoricamente fácil, mas faz grande diferença no tratamento de pacientes com idade avançada. “A prótese é inserida ou trocada pelo cateter, ela é direcionada da virilha até o coração, fazendo funcionar como uma válvula”, explica o hemodinamicista. “Este método é usado quando a válvula aórtica, que é a porta de saída do sangue para a artéria, responsável pela distribuição do sangue a todos os órgãos, sofre um estreitamento na sua abertura. Deixando de abrir o suficiente devido ao acúmulo de cálcio e fósforo, dificultando assim, o fluxo sanguíneo. Isso resulta em cansaço, tontura e inchaço em algumas partes do corpo, uma doença cardíaca frequente em pessoas acima dos 75 anos”, diz.
Com estrutura necessária e equipe capacitada, o Hospital 'Carlos Fernando Malzoni' conseguiu realizar o procedimento sem complicações. “Após a realização dos exames necessários, escolha da prótese adequada, a paciente de 80 anos recebeu o implante do TAVI e passa bem”, conta Orávio.
Participante do procedimento, o cardiologista Dr. Sergio Berti assemelha o transplante ao exame de cateterismo. “Cirurgia aberta era, até então, a alternativa principal para os pacientes que sofriam desse estreitamento na válvula. Porém os pacientes mais idosos e com doenças pulmonares ou condição clínica que não permite uma cirurgia com segurança, correm um risco muito alto nesse procedimento”, explica o médico integrante da equipe de hemodinamicistas. Para Berti, o TAVI preserva a saúde do paciente idoso por ser menos invasivo. “O implante nesses casos é recomendável por ser menos invasivo, o paciente não precisa ir ao centro cirúrgico e recebe uma anestesia local. Todo o processo é bem semelhante ao cateterismo”, afirma.
“O estreitamento da válvula é naturalmente comum e, provavelmente, haverá outros pacientes precisando do implante”, atesta o cardiologista do Hospital 'Israelita Albert Einstein', Dr. Fábio Sândoli de Brito Jr. “Essa é uma técnica que ganha cada dia mais espaço no tratamento da estenose aórtica, de tal forma que claramente teremos outros pacientes precisando ser tratados. O hospital tem uma estrutura muito bem montada, preparada para o procedimento e isso foi em grande parte do sucesso que tivemos hoje”, finaliza Sândoli.
Fonte: Hospital 'Carlos Fernando Malzoni' | Foto: Hospital 'Carlos Fernando Malzoni'